O deputado federal Ricardo Barros (PP) afirmou que o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fabrício Galvão, garantiu que uma mudança burocrática necessária para o andamento da obra do Contorno Sul Metropolitano de Maringá será aprovada nesta sexta-feira, 8. Segundo Barros, essa etapa é indispensável antes da emissão da ordem de serviço para o início dos trabalhos.
De acordo com o parlamentar, a alteração envolve uma substituição dentro do consórcio responsável pela obra. “O consórcio trocou uma das empresas projetistas, o que gerou meses de atraso. Mas agora, com a nova empresa assumindo, os projetos executivos serão apresentados ao DNIT em Brasília. Depois disso, começa o processo de aprovação e, finalmente, poderemos emitir a ordem de serviço”, explicou Barros.
O orçamento da União deste ano prevê R$ 52 milhões para a obra, considerada fundamental para desafogar o tráfego pesado na Avenida Sincler Sambatti e no trecho do trevo do Catuaí. No entanto, com os atrasos, parte desses recursos pode não ser utilizada ainda em 2025. “O importante é iniciar a obra e principalmente o pagamento das desapropriações”, ressaltou.
A licitação da obra foi vencida por R$ 253 milhões, embora o orçamento inicial, de três anos atrás, fosse de R$ 380 milhões, valor que deve ser corrigido. A iniciativa inclui tanto a execução física quanto as desapropriações. Segundo Barros, a expectativa é que a obra melhore significativamente o tráfego urbano de Maringá, especialmente ao retirar caminhões pesados do atual Contorno Sul e do entorno do shopping Catuaí.
A obra do Contorno Sul Metropolitano tem uma longa trajetória. Começou em 2009 com um convênio entre o então prefeito Silvio Barros e o DNIT para elaboração do projeto. Foi licitada em 2015, cancelada em 2016 por decisão do Tribunal de Contas, e retomada posteriormente. “Já são 16 anos de luta para tirar esse projeto do papel”, destacou o deputado.
Além disso, Ricardo Barros também mencionou que o governador Ratinho Junior prometeu recursos estaduais para a revitalização da Avenida Sincler Sambatti, como parte do plano de reestruturação do sistema viário da cidade.
Por fim, o deputado comentou o cenário político em Brasília. Disse que a semana foi improdutiva no Congresso por conta da repercussão da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar. Para Barros, a medida gerou reações intensas da oposição e “falta de harmonia entre os poderes”. GMConline
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