O que antes era apenas um hobby de um médico cardiologista de Maringá agora se tornou material de arte que está à disposição do público maringaense. Até o próximo dia 27, uma exposição com as fotos autorais do fotógrafo amador Marcos Franchetti ficará aberta ao público no Mercadão Fratello, em Maringá.
Cardiologista intervencionista no Hospital Paraná, Franchetti divide o tempo fora dos consultórios e salas de cirurgia para se dedicar ao trabalho como fotógrafo. Após anos vendo o mundo através das lentes, ele decidiu reunir uma parcela do material adquirido até agora em uma exposição sobre a vida selvagem.
Intitulada “Savanna Eyes”, a exposição reúne dezenas de imagens registradas pelo fotógrafo ao longo de anos em contato com safáris. “É uma coletânea de fotos de quatro safáris na Tanzânia e um na Botsuana. São 62 fotos em preto e branco e eu optei por preto e branco para ter uma uniformidade, para valorizar a foto em si e não as cores”, explica Franchetti em entrevista à CBN Maringá.
O tema do material surgiu de uma paixão antiga do profissional: a vida selvagem. Franchetti diz que sempre se interessou por programas sobre o assunto e, em 2014, teve a oportunidade de fazer o primeiro safári.
Desde então, a fotografia seguiu esse rumo. “Sempre gostei de assistir programas da ‘Natio’ com animais silvestres. Sempre pensei em fazer um safari e em 2014 tive a oportunidade. Em 2017, comecei a fotografar. Fui gostando cada vez mais. Tinha muita vontade de acompanhar a vida selvagem”, diz em entrevista ao GMC Online.
Apesar do empenho no hobby, o fotógrafo tem como profissão principal a Medicina. E foi exercendo a principal função, ainda no início da carreira, que descobriu a paixão pela fotografia. Franchetti diz que era residente em um hospital de São Paulo quando comprou a primeira câmera.
“[A fotografia] é mais ou menos como a Medicina, você vai aprendendo, se aprimorando, fazendo residências, especializações. Na fotografia, é mais ou menos assim… você começa com o básico que você pode fotografar e depois você vai para áreas mais específicas e, de repente, você escolhe uma área que você tem mais atração”, comenta.
A afinidade com a vida selvagem levou o fotógrafo a presenciar – e registrar – momentos inesquecíveis. “A fotografia é uma combinação de sensibilidade, técnica e muita paciência também, porque às vezes você não tem aquela oportunidade e você precisa construir com a paciência.
Uma das fotos [em exposição] que posso exemplificar isso é das zebras que atravessaram um grande lago. Era uma manada grande, de 40 mil zebras, mais ou menos, e depois que elas atravessaram o lago, tiveram um momento de muita excitação, transmitindo uma ideia de felicidade.
E eu pensei: ‘Como capturar isso?’. Se você faz uma exposição normal, você congela a imagem e não tem essa percepção. Então, aumentando um pouquinho o tempo do obturador, você capta o movimento das zebras e você consegue transmitir para o público aquilo que está vendo no momento”, relembra.
Entre as muitas memórias felizes criadas, a recordação de momentos difíceis, que exigiram ainda mais dedicação. Segundo o fotógrafo, ele já chegou a ficar oito horas aguardando o momento certo para fazer um registro em meio à selva. “Nós saímos bem pela manhã para ver um guepardo caçando e ele foi conseguir pegar a presa às 14h. Estávamos dentro do carro, tínhamos algumas coisas para comer, e ali nós ficamos até conseguir vê-lo caçar”, destaca.
Savanna Eyes
A exposição Savanna Eyes ficará aberta ao público até o próximo dia 27, no Mercadão Fratello, em Maringá. Os visitantes, além de terem acesso gratuito à mostra, também concorrem a um dos quadros expostos no local, que será sorteado ao fim da exposição.
O horário de visitação da exposição é de segunda-feira a domingo, das 10h às 22h.
GMConline
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