Laudo aponta que explosão na Cocamar foi causada por imprudência


 A explosão na Cocamar ocorrida no dia 4 de março, em Maringá, foi causada por imprudência. É o que aponta um laudo da Polícia Científica, entregue à Polícia Civil para integrar o inquérito, que deve ser concluído no começo de abril. As condições de trabalho também serão apuradas.


Dois trabalhadores que estavam soldando um tanque foram lançados a longa distância. Eles tinham 32 e 36 anos e morreram no local. O tanque também foi parar bem longe. Dentro dele havia, segundo informações do dia do acidente, resíduos de biodiesel.


O inquérito policial deve ser concluído no começo de abril.


O laudo da Polícia Científica foi entregue à Polícia Civil. O delegado Osmir Neves, do 4º distrito policial, responsável pela investigação, diz que o laudo aponta que houve imprudência.


“Sim. Eu estou realmente presidindo as investigações que apuram a morte dos dois trabalhadores ali na obra da cooperativa. O laudo indicou que o evento que determinou a morte desses trabalhadores foi causado por imprudência dos mesmos na execução do trabalho paro o qual eles foram contratados. Relata as condições de trabalho, qual era o trabalho que estava sendo executado e que, em virtude das atividade desenvolvida por esses trabalhadores, houve a explosão que resultou na morte dos mesmos.”, disse.


Mas o laudo será apenas uma parte das informações anexadas ao inquérito. O delegado quer também saber quais eram as condições de trabalho dos operários. O Ministério do Trabalho deverá informar detalhes das vistorias realizadas.


“Mas esse laudo, apesar de fundamental para esclarecer o que de fato ocorreu e que determinou a morte dos trabalhadores, não é a única prova que será produzida no inquérito. Nós temos ainda uma questão associada a uma resposta de questionamento de um relatório que nós solicitamos à Gerencia Regional do Trabalho para apurar as condições de trabalho a que estavam expostos esses trabalhadores que foram a óbito e se foram observadas as condições de segurança. Isso é outra parte fundamental da investigação”, afirmou o delegado.


“Aí nos passamos à realização das oitivas da direção da Cocamar e do responsável da segurança do trabalho da cooperativa, no sentido de indicar a empresa que foi contratada e se foi observada, na contratação dessa empresa, que ela teria capacidade técnica para executar o trabalho que estava sendo contratado. Nós solicitamos um relatório da inspeção do Ministério do Trabalho”, completou.


De acordo com o delegado, o inquérito, a princípio, tem um prazo de 30 dias para se concluído. “Nós devemos dar maior celeridade possível. Claro que nós dependemos também de alguma informações de outros órgãos e que, por isso, deve se prolongar ainda por alguns dias, mas na semana que vem, nós já avançamos na oitiva das pessoa que nós acreditamos que sejam importantes para informar toda a circunstância do evento. 


No caso: a direção da cooperativa, o responsável pela área de segurança e também devemos avançar, na sequência, na realização da oitiva do responsável pela empresa contratada”, disse o delegado.


No dia do acidente, técnicos de segurança no trabalho da Cocamar informaram que os operários utilizavam os equipamentos de segurança necessários. Eles eram contratados de uma empresa terceirizada. A Cocamar lamentou as mortes e disse que estava prestando assistência às famílias.

GMConline

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