A Prefeitura de Maringá desocupou, nesta terça-feira, 18, o imóvel onde funcionava uma das unidades de acolhimento infantil do município, após determinação do Ministério Público do Paraná (MPPR). A decisão foi baseada em um laudo divulgado no último dia 5, resultado de uma vistoria realizada em outubro, que apontou condições consideradas “precárias” no local.
Durante a inspeção, a equipe do MP se deparou com situações que colocavam em risco a integridade das crianças e adolescentes acolhidos. O relatório cita que havia apenas um banheiro para uso de crianças e funcionários, além de camas encostadas umas nas outras e colchões dispostos no chão, indicando falta de estrutura mínima para atendimento adequado.
Diante do cenário, o Ministério Público recomendou a interdição imediata da unidade, com o consequente fechamento do abrigo, “em razão do grave e continuado risco à integridade física, moral e psíquica das crianças acolhidas”. O órgão também determinou que a prefeitura realizasse a remoção urgente das crianças, encaminhando-as para outras unidades da rede que apresentem condições dignas ou, preferencialmente, para famílias acolhedoras.
Procurada pelo Portal GMC Online, a administração municipal informou, por meio de nota, que já vinha realizando um trabalho técnico para encerrar as atividades da chamada “Casa 2”. Segundo a prefeitura, o imóvel foi totalmente desocupado nesta terça-feira.
A gestão explicou que o local foi usado de forma provisória, por curto período, em um momento de necessidade. A Secretaria de Assistência Social destacou que, no início do ano, 26 crianças estavam acolhidas em diferentes unidades, número que atualmente caiu para 9, graças a processos de adoção, retorno às famílias de origem ou encaminhamento a famílias acolhedoras.
A prefeitura afirmou ainda que está em fase final de contratação de um novo imóvel para o acolhimento e que planeja contratar uma organização da sociedade civil para executar o serviço no local.
O município também garantiu que as crianças recebem acompanhamento de equipes técnicas da Assistência Social e da Saúde. Em relação à alimentação, informou que uma nutricionista supervisiona as refeições, orientando as cozinheiras da unidade.
GMConline

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