Maringá é a sétima cidade do Paraná com menos homicídios; confira o ranking

 


Com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e do Ministério da Saúde, a MySide disvulgou esta semana o Anuário 2025 das Cidades Mais Seguras do Brasil, no qual Maringá figura como a sétima cidade do Paraná com menos homicídios.


O ranking leva em consideração os dados de 2024 e considera apenas os números de assassinatos por cada 100 mil habitantes. A metodologia é utilizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes para aferir índices de segurança pública.


No Paraná, o ranking é liderado por Umuarama, com 12,7 assassinatos por 100 mil habitantes. Maringá fica em sétimo lugar, com 15,4 homicídios por 100 mil habitantes. Das cinco maiores cidades o Paraná, Maringá é a única que figura entre as dez mais seguras.


O ranking paranaense, pela ordem é:


1 – Umuarama (12,7)

2 – Francisco Beltrão (12,9)

3 – Arapongas (13,2)

4 – Araucária (14,8)

5 – Fazenda Rio Grande (15,0)

6 – Campo Largo (15,2)

7 – Maringá (15,4)

8 – Cambé (15,8)

9 – São José dos Pinhas (18,0)

10 – Piraquara (20,5)

Por região, o Sul (RS, SC e PR) tem menor índice de homicídios por 100 habitantes. Pela ordem o ranking é:


1 – Sul (15,8)

2- Sudeste (16,6)

3 – Centro Oeste (19,8),

4 – Norte (28,7)

5 – Noedeste (35,9).

Já por Estado, o Amapá lidera como o Estado mais violento (47,1) e Santa Catarina o mais seguro (8,6). Confira o ranking:


1 – Santa Catarina (8,6)

2 – São Paulo (11,3)

3 – Distrito Federal (12,3)

4 – Rio Grande do Sul (15,2)

5 – Goiás (18,3)

6 – Minas Gerais (18,4)

7 – Mato Grosso do Sul (18,5)

8 – Acre (19,5)

9 – Tocantins (19,7)

10 – Piauí (20,4)

11 – Paraná (21,2)

12- Rio Grande do Norte (22,9)

13 – Sergipe (23,4)

14 – Paraíba (25,3)

15 – Rio de Janeiro (25,8)

16 – Roraima (25,8)

17 – Pará (28,2)

18 – Espirito Santo (28,8)

19 – Mato Grosso ( 29,2)

20 – Maranhão (30,4)

21 – Rondônia (30,7)

22 – Amazonas (30,9)

23 – Alagoas (36,7)

24 – Pernambuco (40,3)

25 -Bahia (42,0)

26 – Ceará (43,7)

27 – Amapá (47,1)

No ranking das capitais, Florianópolis lidera como a mais segur, com 10,7 homicídios a cada 100 mil habitantes, e Salvador (57,6) e Recife (57,2) são as últimas colocadas. Confira aqui.


O que diz o secretário de Segurança de Maringá

O secretário municipal de Segurança Pública de Maringá, delegado Luiz Alves, foi procurado pela reportagem. Atendeu a ligação, mas como ele estava entrando em uma reunião, comentou apenas que “esses números do ranking são do ano passado e não refletam a realidade atual”. Posteriormente, a assessoria de imprensa da prefeitura enviou um balanço sobre as ações desenvolvidas pela secretaria de Segurança, texto que segue na íntegra:


O trabalho para a segurança dos maringaenses realizado pela Prefeitura de Maringá, por meio da Guarda Civil Municipal, tem gerado resultados que refletem a efetividade da atuação. Neste ano, em relação ao ano passado, cresceu o trabalho de abordagens a pessoas e a veículos em situações suspeitas, de apreensão de armas de fogo, captura de pessoas com mandados de prisão e recuperação de veículos furtados ou roubados.


Entre 1º de janeiro e 31 de outubro de 2025, a abordagem a pessoas em atitude suspeita avançou de 286 para 921 (222%) e a veículos de 39 para 320 (721%), em relação ao mesmo período do ano passado. Em razão disso, foram recuperados 57 veículos furtados ou roubados, enquanto nos mesmos meses do ano passado 11 veículos foram recuperados (418% de aumento). Também cresceram as prisões de pessoas com mandados de 13 para 88 (577%). Além disso, foram registradas sete apreensões de armas de fogo neste ano, contra uma no período anterior.


“Esses números não refletem um aumento na criminalidade, mas sim na efetividade do trabalho da Guarda Civil de Municipal de Maringá. Significam menos criminosos e menos armas nas ruas. Temos intensificado esforços para oferecer com qualidade o que é um direito social da comunidade, que é a segurança pública”, frisa o secretário de Segurança, Delegado Luiz Alves.


Os resultados positivos vêm sendo registrados após a adoção de medidas como a qualificação dos guardas civis com treinamentos constantes, a aquisição de novos equipamentos, a descentralização de bases e a modernização de sistemas, entre outras. “O trabalho continuará sendo reforçado sem tolerância com o crime. A Guarda tem conseguido superar desafios com investimentos e estratégias bem definidas. É uma missão permanente, para que em parceria com demais forças de segurança, a cidade seja cada vez mais segura”, comenta Alves.


Três bases da Guarda Civil foram implantadas em Maringá neste ano, uma delas na zona sul e outras duas nos distritos de Iguatemi e de Floriano. Nos próximos meses, novas bases serão instaladas na zona norte e outra no centro da cidade. A descentralização das bases reduz o tempo de deslocamento ao atendimento de ocorrências e amplia a presença da Guarda no trabalho de segurança da comunidade.


Em junho, o município entregou 35 novas pistolas calibre 380 e novos uniformes aos agentes. Além disso, guardas civis receberam certificados de conclusão do curso de habilitação para uso da espingarda calibre 12.


“Na nossa Escola de Formação, que é referência no Paraná, passam pelas etapas da formação novos 40 guardas civis que irão consolidar a ampliação da capacidade de atuação da Guarda nas ruas, a partir de fevereiro do ano que vem”, acrescenta Alves.


Índices

Conforme levantamento realizado pela Secretaria da Segurança Pública do Paraná, a região de Maringá teve uma redução de 34% no número de homicídios dolosos no período de janeiro a julho de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 74 ocorrências em 2024 contra 49 em 2025. Também houve redução no número de roubos, que caíram 10%, indo de 563 para 505 ocorrências no período comparativo. Caíram ainda os registros de roubos de veículos, que passaram de 114 registros de janeiro a julho de 2024 para 69 no mesmo período neste ano, uma redução de quase 40%.


“A queda nos índices é fruto de uma maior integração entre as forças de segurança, incluindo a contribuição da Guarda”, diz o Delegado Luiz Alves. “À medida que estamos ampliando nossa atuação, também temos sido mais acionados pelo 153, de 13,6 mil chamados de janeiro até outubro do ano passado para 16,7 mil no respectivo período neste ano. Com o aumento da credibilidade, a tendência é que a população confie cada vez mais no trabalho realizado pela Guarda”, complementa.


Novo sistema

Em setembro deste ano, a Guarda Civil Municipal (GCM) de Maringá passou a operar a nova versão do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) Central de Atendimento e Despacho (CAD 3.0). A atualização representa um avanço significativo no atendimento emergencial, com foco na agilidade e na integração entre os órgãos de segurança.


O Sinesp CAD 3.0, disponibilizada pelo governo federal sem custos ao município, conta com recursos de georreferenciamento, monitoramento em tempo real e acesso simultâneo a bancos de dados estaduais e federais. Além disso, a Guarda conta com sistema de reconhecimento facial e leitura de placas. Essa integração fortalece a atuação conjunta de diferentes forças, como Polícia Militar, Bombeiros e Guardas Municipais.


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