Execuções em Mandaguaçu e Marialva chocam região de Maringá: dois homens mortos a tiros em possíveis acertos de contas


 A sexta-feira (17) foi marcada por uma noite de terror e sangue na região de Maringá. Duas execuções brutais — uma em Mandaguaçu e outra em Marialva — deixaram moradores em choque e reacenderam o alerta sobre a crescente violência no noroeste do Paraná.


EXECUÇÃO EM MANDAGUAÇU: 13 TIROS DENTRO DE CASA

Em Mandaguaçu, por volta das 22h03, José Eduardo Catonil, de 27 anos, foi executado com 13 disparos dentro da própria residência, localizada na Rua Amazonas. De acordo com a Polícia Militar (PM), dois homens chegaram de motocicleta, invadiram o local e abriram fogo sem qualquer chance de defesa para a vítima.


José Eduardo, que usava tornozeleira eletrônica, foi encontrado deitado de costas, já sem vida, antes mesmo da chegada do socorro. Ele havia sido preso em novembro de 2024 pela PM com 36 quilos de maconha em casa. Segundo o Capitão Martins, o homicídio possui fortes indícios de acerto de contas relacionado ao tráfico de drogas.


“Pelas características do crime e o histórico da vítima, tudo indica uma execução motivada por disputas no tráfico. Vamos apurar com rigor”, afirmou o oficial.


A área foi isolada pela PM para o trabalho da Polícia Científica e do Instituto Médico-Legal (IML), que realizou a remoção do corpo durante a madrugada. Os criminosos fugiram de moto e ainda não foram localizados.


Este é o sétimo homicídio registrado em Mandaguaçu em 2025, número que preocupa as autoridades e causa revolta entre os moradores, que reclamam do aumento da violência e da sensação de impunidade.


“A gente vive trancado em casa. Ninguém aguenta mais tanto tiro, tanta morte”, desabafou um morador que pediu para não ser identificado.


TIROS E MEDO EM MARIALVA: HOMEM É MORTO EM FRENTE À PRÓPRIA CASA

Quase no mesmo horário, outra execução abalou Marialva, a cerca de 25 km de distância. Pablo Alexandre de Moura, de 44 anos, foi assassinado a tiros em frente à residência, na Rua Joseph Gandolfi, no Conjunto Marialva II.


No momento do crime, a região estava sem energia elétrica, e várias pessoas estavam do lado de fora das casas para amenizar o calor. Dois homens encapuzados chegaram de moto; o garupa desceu e disparou diversas vezes contra Pablo, atingindo também sua filha, de 24 anos, e um casal de vizinhos, de 71 e 64 anos, que conversavam com ele.


Após cair, Pablo ainda recebeu um tiro de “confirmação” na cabeça, segundo testemunhas. O SAMU foi acionado, mas apenas pôde constatar o óbito. Os feridos foram socorridos e encaminhados a hospitais de Maringá, onde permanecem fora de risco.


A Polícia Civil de Marialva investiga o caso. Informações iniciais apontam que Pablo teria envolvimento com o PCC e ligação com o tráfico e homicídios na região.


POPULAÇÃO INDIGNADA

As duas execuções ocorridas quase simultaneamente deixaram um rastro de medo e indignação. Moradores de Mandaguaçu e Marialva relatam noites sem dormir, sensação de insegurança e descrença nas autoridades.


“Parece que a lei do crime manda mais que a lei de verdade”, comentou uma comerciante da região.


Enquanto as investigações seguem, a população cobra reforço no policiamento e respostas rápidas. As mortes de José Eduardo Catonil e Pablo de Moura expõem a escalada da violência ligada ao tráfico e escancaram a realidade de duas cidades que, cada vez mais, convivem com o som dos tiros e o silêncio da impunidade. Paraná Urgente

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