Morreu nesta segunda-feira, 29, na UTI da Santa Casa de Maringá, Osvaldo dos Santos Pereira Júnior, de 33 anos. Ele estava internado desde o dia 19 de agosto, quando foi baleado por policiais militares do 4º Batalhão após invadir uma unidade do Sesi que presta serviços de medicina do trabalho na cidade.
Segundo a Polícia Militar, Osvaldo teria ido ao local para realizar um exame demissional, portando duas facas. No interior do prédio, assediou duas mulheres e ameaçou um homem que tentou intervir.
De acordo com o tenente Eduardo Cortez, a equipe policial foi acionada e encontrou o suspeito dentro de uma sala com um psicólogo. “Quando os policiais chegaram ao local, pediram para que ele se levantasse e saísse. Nesse momento, ele sacou as facas e partiu em direção à equipe”, relatou o oficial.
Diante da situação, os militares efetuaram disparos. Osvaldo foi socorrido inicialmente por funcionários do Sesi e, na sequência, recebeu atendimento do Samu, sendo intubado e encaminhado em estado grave ao hospital, onde permaneceu por 40 dias até a morte. Testemunhas relataram que ele apresentava comportamento alterado, falas desconexas e sinais de uso de drogas.
Histórico de violência
Em março de 2019, ele invadiu um pensionato na Zona 7, em Maringá, armado com uma faca. Na ocasião, atacou estudantes que estavam dormindo. Dois jovens conseguiram escapar, mas o universitário Orivaldo José da Silva Filho, de 22 anos, foi atingido por diversos golpes e morreu no local.
O agressor ainda tentou invadir outros cômodos e perseguiu vítimas pelas ruas, sendo contido posteriormente pela Polícia Militar. Durante as investigações, mensagens encontradas no celular de Osvaldo faziam menções a “terrorismo religioso”, “alienígenas” e “extraterrestres”.
Julgamento e absolvição por doença mental
O caso teve grande repercussão à época. Em 2021, a Justiça concluiu que Osvaldo sofria de doença mental e não tinha plena capacidade de entender a gravidade de seus atos. Ele foi absolvido e teve a internação determinada em hospital de custódia para tratamento por três anos.
As informações são do Plantão Maringá.
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