A Maringá Previdência lançou nesta sexta-feira, 19, um programa de crédito consignado com recursos do próprio caixa. Os empréstimos serão oferecidos para servidores e pensionistas. Em Maringá, existem cerca de 13 mil servidores ativos e inativos.
Toda a operação financeira será realizada pela própria Maringá Previdência, que contratou uma solução tecnológica para gerir as operações, seguindo norma do Banco Central para as RPPS, que são os regimes próprios da Previdência Social.
“Nós vamos operacionalizar, gerar a venda, o processo de venda na ponta. Nós vamos disponibilizar a solução tecnológica, a expertise no mercado de fintech e vamos deixar isso à disposição da Maringá Previdência. De forma simples, nós fazemos a venda, inserimos o sistema, cuidamos do risco, cuidamos de toda a operação.
Maringá Previdência faz o pagamento dos contratos e faz a gestão do rendimento dessas aplicações. Hoje nós temos uma normativa bem específica para RPPS. Por mais que a gente fale que é um crédito consignado, essa é uma aplicação financeira, então não passa pelo Banco Central e é um investimento que é gerido pelo Ministério da Previdência”, explica o economista João Ricardo Tonin, head da empresa que prestará o serviço.
A Maringá Previdência é dividida em dois fundos: o Fundo Financeiro e o Fundo Previdenciário. A divisão ocorreu em 2009, na segunda gestão do prefeito Silvio Barros.
O Fundo Financeiro é deficitário e requer aportes do Município, que podem chegar a R$ 250 milhões no ano que vem. Já o Fundo Previdenciário é superavitário. É com ele que a Maringá Previdência irá oferecer os empréstimos consignados a juros menores que os do mercado.
“As nossas taxas devem girar em torno de 1,40 a 1,60. Isso vai depender da quantidade de parcelas, mas ela inicia com 1,40, com todos os custos de operação já inclusos. É um projeto que compartilha resultados positivos. Nós temos lá do servidor que irão ganhar, com taxas de juros mais atrativas, mais baratas, que hoje praticada pelas instituições. A Maringá Previdência também ganha, porque nós temos metas para cumprir com o Ministério da Previdência e esse rendimento vai ajudar nisso, nesse cumprimento de metas. E a cidade, porque grande parte desse dinheiro vai ser investido na economia. Ganha servidor, ganha Maringá Previdência e ganha cidade também”, explica o presidente da autarquia, Edson Paliari.
De acordo com o prefeito Sílvio Barros, servidores que têm empréstimos consignados em outras instituições poderão transferir a dívida para a Maringá Previdência por meio de portabilidade.
“Essa é a proposta, que eles façam a portabilidade dos empréstimos que hoje estão feitos com os bancos, para a Maringá Previdência. E aí faz um empréstimo só, decide com eles o prazo e com uma taxa mais baixa do que eles estão pagando com os bancos privados. [O risco de inadimplência] É zero, porque quem paga, quem gera a receita para essa pessoa é a própria Maringá Previdência. Então ela já gera descontado. Não existe risco, é risco literalmente zero”, disse o prefeito.
A Maringá Previdência segue a regra para consignados. O servidor não pode comprometer mais do que 30% da renda com os empréstimos.
CBN Maringá.

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