Evento reúne história e tradição para lançar Festival Medieval em Maringá


Na noite desta  quinta-feira, 7, a fazenda Biotec, da Unicesumar, foi palco de um evento teste para validar algo que deve acontecer em maior escala na cidade: um Festival Medieval. O evento foi organizado para para recepcionar a comitiva vinda da cidade portuguesa de Leiria, que sedia, há mais de uma década, uma feira medieval com vários espetáculos e recriações históricas.


A Associação Cultural Lirius, responsável por espetáculos como a encenação da Paixão de Cristo, considerada uma das maiores do Brasil, foi quem organizou o Banquete de Lançamento do Festival Medieval de Maringá. Além de bebidas e comidas de época, como hidromel, carne de coelho e legumes braseados, todos os presentes foram convidados a ir a caráter, trajados como na Idade Média.


 O presidente da Associação, Anselmo Frugerio, diz que tudo foi preparado em três semanas, com a ajuda de patrocinadores. “Eu acho que deu muito certo,  ficou bonito, e eu acho que se derem mais tempo, a gente consegue melhorar. Nós temos todas as tribos: os cavaleiros,  os bárbaros, os magos, a plebe, a burguesia, nós temos tudo aqui”. 


O evento teste do Festival Medieval não foi bancado com recursos públicos, mas a ideia da Prefeitura é promover um grande festival aos moldes do que é realizado em Portugal, a partir de 2026.  O lançamento do Festival ocorreu dias após a comitiva oficial do município visitar Leiria, em Portugal, para acompanhar a estrutura e a realização do ‘Leira Medieval’, que existe há mais de uma década, reunindo gastronomia, música e teatro. 


A vice-presidente da Câmara Municipal de Leiria, cidade portuguesa e irmã de Maringá, Anabela Graça, diz que se surpreendeu com a estrutura da recepção.  “Não estava à espera do rigor histórico que nós vimos aqui hoje.  E, acima de tudo,  num curto espaço de tempo,  a capacidade de organização, porque muito do que está aqui, nós encontramos no Festival Medieval de Leiria.  E, portanto, quando eu cheguei, percebi que em praticamente duas ou três semanas foi possível replicar com muito rigor histórico aquilo que viram em Leiria. Foi excelente perceber a capacidade de trabalho”, afirmou.


Entre os apaixonados pelo universo medieval presentes no evento estava Luiz Guilherme Valério, que mantém viva a tradição das lutas medievais atuando como instrutor e competidor. Ele conta que o que o motivou a sair da obesidade foi o sonho de lutar usando uma armadura. Vestindo peças feitas de titânio, próprias para o esporte por serem mais leves, ele diz que mergulhar no universo medieval, para ele é mais que um hobby, e comemora a chegada do Festival Medieval à cidade. 


“‘É um sonho para mim,  porque eu poderia expressar todo o meu conhecimento. A gente passa anos absorvendo não só conhecimento de combate, mas como fazer combinações de armadura,  de período histórico de cada coisa,  então para mim é fascinante poder compartilhar um pouquinho do nosso conhecimento com o restante da população”.  


Durante o evento de lançamento do Festival, o prefeito Silvio Barros assinou a portaria que instituiu a Comissão Organizadora do evento, que terá caráter consultivo e acompanhará todas as etapas do festival. O prefeito também anunciou a criação do Parque Português, atrativo turístico que será construído em um terreno do município de 18 mil metros quadrados na região do Eurogarden e reunirá elementos arquitetônicos e grandes jardins europeus que remetem à cultura portuguesa.  A preocupação da prefeitura é com a queda de arrecadação de impostos que a reforma tributária pode ocasionar. Daí a importância de promover eventos turísticos que aumentem o consumo local. 


“A ideia surgiu quando nós resolvemos estreitar o relacionamento com Leria,  e já que a gente ia fazer a mesma coisa que fizemos com o Japão, fazendo um parque japonês e agora fazendo um parque português, surgiu a ideia de uma grande festa. E a maior festa de Leiria é o Festival Medieval.  A nossa equipe foi para lá para entender o que era possível ser feito e em três semanas voltarem a gente fez isso aqui. Com um ano de antecedência vai dar para fazer muito mais. 


 E nós acreditamos que esse evento tem potencial para ser um grande marco no turismo de Maringá. É para convidar a cidade inteira e a gente quer engajamento da população, não só de Maringá, mas das cidades vizinhas,  até que o festival tenha a maturidade suficiente para se tornar um turístico de nível nacional, que é o que a gente espera que aconteça dentro de muito pouco tempo”, afirma. GMConline

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