Homem suspeito de sequestrar duas crianças em Sarandi é solto e revolta familiares: ‘Poderia ter matado’


 O homem preso pela Guarda Civil Municipal (GCM) de Sarandi na segunda-feira, 14, acusado de sequestrar duas crianças no Jardim Monte Rey, foi solto no dia seguinte. A decisão gerou revolta entre os familiares das vítimas, que agora temem pela segurança das crianças e questionam a atuação da Justiça.


De acordo com o relato da avó das crianças, o suspeito frequentava a casa da família e era conhecido dos pais de uma das vítimas. “Ele era amigo de longa data do pai de uma das crianças. Ninguém imaginava que faria uma coisa dessas”, desabafou a avó.


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O crime ocorreu no fim da tarde de segunda-feira. Segundo a avó, o homem chamou a neta de sete anos até o caminhão com o pretexto de pegar o celular. O irmão mais novo, de quatro anos, foi junto. Quando deram falta das crianças, os familiares entraram em desespero e começaram a procurá-las com ajuda de vizinhos.


Durante as buscas, o suspeito chegou a fazer uma videochamada negando que estivesse com os menores. No entanto, um conhecido da família percebeu o som da menina chorando ao fundo. A partir daí, teve início uma perseguição policial. O homem só foi detido após o caminhão ficar preso durante a fuga.


As crianças foram encontradas assustadas e com sinais de que sofreram impactos físicos durante a fuga. O menino chegou a urinar nas calças e relatou dores no braço. “Eles foram jogados de um lado para o outro dentro do caminhão. Foi um milagre não ter acontecido o pior”, disse a avó.


A soltura do suspeito na terça-feira, 15, causou indignação. “A gente está sem dormir, com medo. Ele conhece nossa casa, sabe onde os meninos estudam. Nem os cachorros estranham ele”, afirmou o pai das crianças. A avó também lamentou: “Se ele tivesse feito alguma coisa com meus netos, eu não sei o que seria de mim. Preferia que tivesse feito comigo”.


Segundo familiares, o suspeito já teria sido investigado por tentativa de abuso contra outra criança em 2018. Agora, eles cobram providências das autoridades para que o homem não volte a colocar outras vidas em risco. “Ele não tem endereço fixo, é caminhoneiro, pode sumir a qualquer momento. Apagou redes sociais, desligou o celular. Como vão achá-lo se fugir de novo?”, questionou o pai.


As crianças foram ouvidas por uma psicóloga do Conselho Tutelar e seguem acompanhadas pela família. O caso segue sob investigação. GMConline

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