A mulher de 46 anos que teve 30% do corpo queimado após ser atacada pelo próprio marido em Maringá segue internada na ala de queimados do Hospital Universitário (HU) de Londrina. De acordo com as informações repassadas pela assessoria do hospital, ela já respira sem ajuda de aparelhos, está acordada e consciente, mas permanece hospitalizada, sem previsão de alta.
A vítima sofreu queimaduras graves no rosto, tórax, pescoço, cabeça e vias aéreas, o que exigiu ventilação mecânica e sedação profunda nos primeiros dias. Ela estava inicialmente internada no Hospital Universitário de Maringá, onde foi intubada, mas foi transferida para o HU de Londrina devido à gravidade das lesões. O estado de saúde da paciente agora é considerado estável.
Relembre o caso
O crime ocorreu na noite de quarta-feira, 4 de junho, na Rua Professora Maria de Lourdes Antunes Planas, no bairro Jardim Oriental, em Maringá. A mulher conseguiu acionar o socorro mesmo gravemente ferida e relatou que o marido jogou álcool sobre seu corpo e ateou fogo com um isqueiro após uma discussão.
O suspeito, de 40 anos, foi preso em flagrante e apresentou aos policiais uma versão de tentativa de suicídio por parte da vítima, alegando que ela teria reagido ao descobrir uma traição. Ele afirmou que o ato teria sido registrado por câmeras de segurança, mas disse que o celular e o notebook onde estariam as imagens “desapareceram”.
A versão foi desmentida após a polícia ter acesso a imagens de uma câmera de segurança de uma residência vizinha, que ajudaram a esclarecer os fatos.
Durante a investigação, os policiais constataram que o agressor já tinha um mandado de prisão em aberto por violência doméstica. Em 2019, ele agrediu outra mulher e chegou a atear fogo na casa onde moravam.
Atualmente, ele segue preso na cadeia pública de Maringá, e o caso continua sendo investigado pela Polícia Civil como tentativa de feminicídio. GMConline
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