Após 30 anos dedicados à educação pública, o professor de inglês Valter Luiz Mesti enfrentou uma das experiências mais traumáticas de sua carreira: foi agredido fisicamente por um aluno dentro do Colégio Estadual Vital Brasil, em Maringá, no fim de maio.
O caso aconteceu quando o estudante saiu da sala de aula sem autorização. Ao ser advertido, ele respondeu com um gesto obsceno e, na sequência, desferiu um soco no rosto e um chute na perna do professor, que caiu no chão. O professor precisou ser atendido pela equipe médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pois, além de ferido, sofreu uma crise nervosa, já que o professor é cardiopata e teve um pico de pressão arterial.
“Ele simplesmente saiu da sala. Quando cheguei na porta, chamei a atenção dele. Ele ignorou, foi para o pátio, virou pra mim e mostrou o dedo do meio. Fui atrás e, enquanto eu explicava que ele precisava de autorização para sair, ele me deu um murro no nariz e um chute que me derrubou”, relatou o professor, ainda abalado.
Segundo Valter, o aluno já havia demonstrado desinteresse nas aulas, mas nunca houve um conflito direto entre os dois. Ele afirma que o ambiente escolar tem se tornado cada vez mais hostil, e que episódios de desrespeito vêm se intensificando.
“Eu estou depressivo agora, com um comportamento evitativo. Me sinto envergonhado… mesmo sabendo que não deveria. Mas é essa sensação de humilhação, de impotência. Os valores estão se invertendo”, desabafou.
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) lamentou o ocorrido em nota e afirmou estar avaliando novas medidas para garantir a segurança nas escolas. O Núcleo Regional de Educação de Maringá orientou o aluno e sua responsável legal, que compareceu à instituição. GMConline
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