A Delegacia Especializada em Estelionato de Maringá recebe em média 600 reclamações de consumidores por mês. Destes 40%, fizeram compras atraídos por anúncios patrocinados em redes sociais ou em sites falsos. Na semana do consumidor, o delegado Fernando Garbelini alerta sobre os cuidados para não cair neste tipo de golpe.
“São justamente os estelionatos envolvendo as relações de consumo que têm a maior recorrência aqui na nossa unidade. E dentro dessa relação, estão na maioria dos casos aquelas situações de consumidores que compram e não recebem os produtos.
Dentro dessa relação de procedimentos, a grande maioria são aqueles envolvendo sites falsos, envolvendo também empresas que são verdadeiras, que existem, mas que têm os seus sites clonados. Também há situações envolvendo vendas através de redes sociais. Então, dentro dessa relação, tem três situações diferentes que causam esses prejuízos que envolvem as fraudes com os consumidores”, relata.
Segundo o delegado, a orientação nessas situações, inicialmente, é que antes de realizar qualquer compra a pessoa faça um estudo, um levantamento, e verifique a procedência, a idoneidade dessa loja, para que não ocorra o prejuízo posterior.
“Em relação às lojas que são conhecidas, normalmente essas lojas não causam prejuízo aos consumidores, mas existem as situações dos sites falsos, dos logins, dos links falsos. Então, a nossa orientação é que jamais cliquem nesses links recebidos via redes sociais, via e-mail, recebidos via SMS, porque na maioria dos casos são links falsos que direcionam para sites que não são verdadeiros”, explica.
De acordo com o delegado, em 2024 essas situações chegam a praticamente 40% de tudo que é registrado na cidade. “Eu não tenho o número exato de ocorrências, mas o número é bastante elevado.
A gente está em uma média de 600 boletins por mês. A nossa orientação em qualquer situação de golpe é que a pessoa procure a polícia, tanto a delegacia quanto os nossos canais de registros online, e registre um boletim de ocorrência para que a gente tenha conhecimento, para que a gente consiga investigar e consiga fazer que essa pessoa pare com esse tipo de golpe.
É importante destacar que normalmente a recuperação dos valores não acontece, porque hoje em dia com as tecnologias que a gente têm envolvendo aplicativos, o próprio PIX dificultou bastante o rastreamento, porque a velocidade das movimentações bancárias é muito rápida, então o dinheiro cai em uma conta, ele já encaminha para outra conta, e outra, o dinheiro é sacado, e isso ocorre em minutos, então a recuperação é praticamente impossível. O importante é que a pessoa tenha bastante cuidado ao fazer qualquer compra para que não caia no golpe, porque o prejuízo é praticamente certo”.
O delegado faz ainda um alerta sobre as redes sociais. “Acredito que as vendas em redes sociais vêm crescendo bastante e existe pouca regulamentação em relação à publicidade em redes sociais, então a quantidade de golpes envolvendo redes sociais está aumentando bastante.
Porque basta a pessoa pagar e o anúncio vai ser publicado e não tem um filtro em relação a isso, então as pessoas não podem confiar só porque está ali, porque está publicado, que está como um anúncio patrocinado, não necessariamente é um anúncio idôneo, é uma empresa idônea.
A desconfiança tem que ter sempre, as pessoas não podem nunca confiar em valores muito abaixo do valor de mercado. O cuidado tem que ser sempre redobrado, ainda mais quando vai adquirir produtos com valores elevados, porque o prejuízo dificilmente vai ser reparado”, orienta. GMConline
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