Exatamente um ano após o crime, o acusado de matar a própria enteada com golpes de faca foi julgado. O júri popular foi realizado em Cidade Gaúcha, região de Umuarama, onde o crime aconteceu. O Ministério Público do Paraná denunciou o autor por homicídio duplamente qualificado, cujas qualificadoras foram feminicídio e motivo torpe.
Haislaine Lima foi morta aos 21 anos, na casa da mãe, após resistir a uma situação de assédio praticada pelo padrasto. Ela acabou sendo esfaqueada pelo homem, conforme lembra a promotora de Justiça, Renata Melo Boaventura.
“O julgamento do réu denunciado pelo Ministério Público pelo fato de que há exatamente um ano, no dia 9 de novembro de 2022, ele teria entrado na casa da esposa e a enteada que lá estava, uma jovem de 21 anos acabou sendo vítima de um feminicídio. Isso porque o réu tentou passar as mãos nas nádegas da vítima e a mesma reagiu, fazendo com que ele pegasse uma faca que estava na cozinha e desferiu cinco facadas na vítima nas regiões abdominais”, explica.
O Conselho de Sentença do júri decidiu pela condenação do padrasto. Ele foi condenado à pena máxima por um crime de homicídio, 30 anos de reclusão em regime fechado. O homem ainda foi condenado a pagar uma indenização de R$ 200 mil à família da vítima, tendo em vista que a jovem deixou um filho de 3 anos, explica a promotora.
O crime na época chocou a cidade, gerou comoção e revolta. O tribunal estava lotado durante o julgamento, diante da repercussão do caso, diz a promotora. “Foi um caso de grande comoção na cidade, o plenário do Tribunal do Júri estava lotado, as pessoas estavam todas caracterizadas com camisetas com o rosto da vítima, foi um julgamento emocionante envolvendo pessoas muito queridas na sociedade”, diz.
O homem está preso preventivamente desde a época do crime e deve permanecer detido para cumprimento da pena. Segundo o MP, o homem não poderá recorrer em liberdade. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dele. GMConline
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