Em 2021, dez deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) assinaram uma nota com um posicionamento contrário à classificação do Hamas como grupo terrorista. Entre os signatários na nota estavam Enio Verri, atual diretor da Itaipu Binacional, Alexandre Padilha, atual ministro das Relações Institucionais e Paulo Pimenta, atual ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social.
À época, o posicionamento dos então deputados federais do PT se deu pela contrariedade ante ao comunicado emitido pelo governo britânico, que atribuiu o Hamas como uma organização terrorista. Estados Unidos e países da União Europeia também seguem a mesma linha de classificação do grupo. Leia a nota a seguir.
Resistência não é terrorismo!
Todo apoio ao povo palestino na luta por legítimos direitos. Os parlamentares, entidades e lideranças brasileiras que subscrevem este documento, expressam o seu profundo descontentamento à declaração da secretária do Interior da Inglaterra, Priti Patel, que atribuiu ao Movimento de Resistência Islâmico – Hamas, a designação de “organização terrorista”, alegando falsamente que o Movimento palestino seria “fundamentalmente e radicalmente antissemita”.
Este posicionamento representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a posição da maioria do povo da Inglaterra, que se opõe à ocupação israelense e aos seus crimes. Seu objetivo é claro: atingir a legítima resistência palestina contra a ocupação e o apartheid israelense, numa clara posição tendenciosa em favor de Israel e tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos e aos seus direitos legítimos.
O direito à resistência assegurados pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações Unidas e por diversas Resoluções da ONU, entre elas as de nº 2.649/1970, 2.787/1971 e 3103/1974, reiterando o direito de todos os povos sob dominação colonial e opressão estrangeira de resistir ao ocupante usurpador e se defender.
A resistência é um legítimo direito dos palestinos contra a ocupação e as reiteradas violações dos direitos humanos, bem como os crimes de guerra. Direito que os palestinos não abrem mão e para o qual, contam com o nosso apoio e solidariedade à sua causa de libertação e pelo seu Estado nacional palestino.
Também assinaram a carta em 2021 os deputados Zeca Dirceu (PT-PR), Nilto Tatto (PT-SP), Padre João (PT-MG), Paulão (PT-AL), Érika Kokay (PT-DF), Professora Rosa Neide (PT-MT) e Helder Salomão (PT-ES).
Ao GMC Online, a direção da Itaipu Binacional afirmou que refuta toda ilação entre a empresa e seus dirigentes a supostos financiamentos a grupos terroristas. Confira o posicionamento na íntegra.
“Itaipu refuta toda ilação entre a empresa e seus dirigentes a supostos financiamentos a grupos terroristas. A binacional não envidará esforços para responsabilização judicial dos propagadores de mensagens falsas sobre a Entidade.“ GMConline
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