Esporte e inclusão sempre caminharam lado a lado. E desta vez, não seria diferente. Desde a última sexta-feira, 18, Maringá foi sede do 1º Pan-Americano de Ciclismo Paralímpico. 170 atletas de 11 países diferentes participaram das competições. Na sexta-feira, 18, o palco das provas foi o Velódromo da Vila Olímpica.
E no fim de semana, foi a vez da etapa de estrada, disputada no entorno do Bosque II. O campeonato, além de uma oportunidade de reunir competidores de alto rendimento de todo o continente, também somará pontos para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, Paralímpiadas de Paris 2024 e ranking mundial da União Ciclística Internacional.
O Edivan da Silva é competidor de Handbike categoria H1, para atletas com maior comprometimento motor. Ele está no paraciclismo há 7 anos e veio de São José dos Campos, no interior de São Paulo, para disputar sua primeira competição internacional.
“Começei em 2014. […] Eu sofri um acidente de moto em 2011 e fiquei tetraplégico. Então o esporte trouxe mais liberdade e prazer pela vida. O panamericano é a primeira internacional. Fui campeão da minha categoria. É indescritível (participar de uma competição internacional). Vestir a camisa do Brasil e representar o seu país é o sonho de todo atleta de alto rendimento. Não foi diferente comigo. É emocionante”, diz Edivan.
O Luiz Gustavo Ramos veio de ainda mais longe: Montes Claros, Minas Gerais, também para seu primeiro Pan-Americano. Competindo na categoria H3, ele conta a sensação de representar seu país em uma prova desse nível.
“Faço o paraciclismo e o Handbike há um ano e três meses já. Sou paraplégico há dois anos e cinco meses e hoje estou aqui no esporte representando o Brasil. […] Essa é a primeira competição (internacional) Pra mim é uma coisa muito importante, que foi suado, mas graças a Deus foi concluída. […] Subidinha muito puxada, mas foi completada”, diz Luiz Gustavo.
Conforme o Secretário de Esportes de Maringá, Robson Xavier, sediar o 1º Pan-Americano de Ciclismo Paralímpico é uma forma de mostrar que a cidade se preocupa com o esporte e com a inclusão.
“Um dos objetivos da nossa gestão é fazer uma gestão inclusiva. Esse evento de paraciclismo nos foi consultado no ano de 2021 e nós procuramos trabalhar para poder recebê-lo. Um grande evento, onde coloca Maringá como vitrine. São 170 atletas de 11 países que estão em nosso município. Nos ajuda a passar uma imagem positiva de Maringá para toda a América e também para todo o mundo. […] Estimula o turismo e a economia. […] Além disso, propõe um entretenimento para toda a população maringaense”, diz Robson.
GMConline
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