Nessa segunda-feira, 14, completou-se um mês da redução da tarifa do transporte coletivo em Maringá para R$ 4. A expectativa do poder público era de que a medida contribuísse para um aumento no número de usuários. Até aqui, os números são positivos.
Conforme um levantamento divulgado pela Secretaria de Mobilidade Urbana de Maringá (Semob), nesta terça-feira, 15, o fluxo de passageiros utilizando o transporte coletivo saltou 24,2%.
Entre os dias 24 de janeiro e 11 de fevereiro, 67.290 pessoas utilizaram o transporte em Maringá. Já entre os dias 14 de fevereiro e 8 de março, 2 semanas após a redução na tarifa, este número saltou para 83.630 passageiros.
A jornalista Gabrielle Nascimento utiliza o transporte público diariamente e comemora o novo valor praticado, mas lamenta a redução nos horários das linhas desde o início da pandemia.
“Para mim a redução da tarifa foi maravilhosa, ela veio em um tempo perfeito. Porque euy compro meus passes semanalmente, compro dez passes por semana.
Antes o que eu gastava R$ 50, agora eu estou gastando R$40 […] No final do mês isso é uma economia muito grande. Desde o início da pandemia os ônibus tem os horários da linhas reduzidos e ainda não voltou ao normal. é pouco ônibus rodando”, disse Gabrielle.
O analista de mídias sociais, Leonardo Felipe, também compartilha do mesmo problema. Segundo ele, com a volta das aulas, o número de pessoas utilizando o transporte aumenta nesta época do ano.
“Eu acredito que deveria ter mais ônibus em horários de pico, principalmente de manhã, porque agora com a volta dos estudantes pro presencial, a metade do ônibus fica lotada de estudantes” falou Leonardo.
Segundo o secretário de Mobilidade Urbana de Maringá, Gilberto Purpur, o aumento no número de passageiros foi além das expectativas. Ele explica que o retorno das aulas contribui para o indicador, mas comenta uma adesão de cerca de 8% de novos usuários.
“Na realidade esse aumento superou as nossas expectativas. no mesmo período […] anterior a redução da passagem para R$ 4, nós tivemos um aumento de 24,8% no número de passageiros transportados. isso se deve a 2 fatores: primeiro esse da redução das tarifas […] e outra coisa foi o retorno das aulas. nós tivemos 17,89% no aumento de estudantes e em torno de 7% a 8% de passageiros novos”, comentou o secretario.
Sobre a redução nos horários, o secretário explica que a Semob realiza o planejamento das linhas de acordo com a demanda. Com a redução de passageiros por conta da pandemia, muitas linhas ficaram ociosas, diz ele.
“Quem determina os horários, números de linhas e tudo o mais é a Secretaria de Mobilidade. A empresa cumpre aquilo que nós determinamos. […]
Nós tínhamos, antes da pandemia, até 140 mil passageiros por mês, hoje nós transportamos em torno de 80 a 90 mil, então tem linhas que estão muito ociosas […] então esse horários foram eliminados, por que se a gente continua com essa quilometragem muito alta e transportando poucos passageiros, isso influencia diretamente no preço da tarifa.
A Secretaria de Mobilidade monitora […] e onde houver mais necessidade a gente coloca mais ônibus e mais linhas, só que é preciso ter o equilíbrio econômico-financeiro”, concluiu o secretário.
GMConline
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