Março deve ser de chuvas abaixo da média histórica na região de Maringá


 Março começou com registros de temporais intensos em algumas cidades da região de Maringá. Em Nova Esperança, na última terça-feira, por exemplo, foram 129 mm de chuva em cerca de meia hora. Em Doutor Camargo, no mesmo dia, foram 100 mm em 25 minutos. 

O alto volume de água, além de ter deixado estragos nos dois municípios, ligou o alerta sobre a quantidade de chuva esperada para o mês.

Mas apesar disso, março deverá ser de chuvas abaixo da média histórica na região de Maringá. A projeção é da Estação Climatológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM). 

Segundo os dados do monitoramento, historicamente são aguardados 151 mm de chuva em média para a região durante todo o mês. Em 2022, no entanto, este número poderá ficar até 50 mm abaixo do esperado.

Fevereiro também foi de pouca chuva na região. Enquanto o monitoramento aponta cerca de 187 mm de chuva para o mês, este ano choveu menos de 80 mm, como explica o geógrafo e coordenador da Estação Climatológica da UEM, Leandro Zandonadi. 

“Em fevereiro, nós tivemos chuvas abaixo do esperado. Tivemos uma média de 187 mm, isso é esperado para o mês de de fevereiro com base na média histórica. E nesse ano, registramos menos de 80 mm. Ficou bem abaixo do que é esperado no mês”, declara Zandonadi.


“Os prognósticos para o mês de março, não indicam a probabilidade de aumento de chuva. Até porque o mês de março, já tem historicamente, um índice de chuva que já é abaixo do mês de fevereiro. Começamos a ter uma redução leve das chuvas, já adentrando a estação do outono. 

E essa chuva vai diminuindo cada vez mais, com relação a aproximação do inverno”, complementa.

Ainda de acordo com o especialista, as chuvas expressivas registradas esta semana têm relação com a passagem de um sistema frontal pelo sul do Brasil, associada ao calor intenso na região nos últimos dias, o que favorece a instabilidade atmosférica. 

“Essa semana, especificamente ontem, tínhamos a passagem do sistema frontal. Uma frente fria estava atuando pela região. E esse sistema, historicamente, tem a capacidade de estabilizar a atmosfera. Além de deixar a situação de calor bastante intensa, atuando aqui na região. O que favorece ainda mais a instabilidade atmosférica, no momento da passagem desses sistemas frontais”, finaliza.

Os dados coletados pela Estação Climatológica da UEM podem ser acessados pela internet, no endereço dca.uem.br. GMConline

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