Confiança dos comerciantes do Paraná cai pelo terceiro mês consecutivo

 O Índice de Confiança do Empresário do Comércio do Paraná (ICEC) foi de 121,6 pontos em março, uma redução mensal de 1,1%. O índice, que é aferido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) e pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), caiu pelo terceiro mês consecutivo.

O enfraquecimento do otimismo ocorre principalmente entre as empresas de maior porte, que foram mais impactadas pelo aumento nos custos logísticos e a guerra na Ucrânia, como explica o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schimidt.

“O levantamento demonstra que os empresários paranaenses revisaram sua intenção de investimentos. Tanto que, neste quesito, se verificou decréscimo de 3,4% e também avaliam que as condições atuais não estão tão positivas, uma vez que, nesse sub item, houve diminuição de 1,8%. Apesar do atual cenário, a expectativa do empresário do comércio paranaense é positiva. 

Tanto que o sub indicador que avalia esta questão, aumentou 1,1% sobre o mês passado em nosso estado. As empresas de maior porte, acima de 50 funcionários, demonstram estar menos confiantes, uma vez que são as mais impactadas pelo aumento de preço de combustíveis, alimentos e matérias primas em geral, bem como pelos problemas logísticos que não haviam sido totalmente superados depois da pandemia e agora foram agravados pela invasão da Ucrânia. 

Nesse sentido, nas empresas de maior porte, o ICEC caiu 5,3% em março, na comparação com fevereiro. Sendo que entre as micro e pequenas empresas o indicador baixou 1% na avaliação mensal. 

Assim o cenário que, já era complexo pela inflação persistente e perspectiva de contenção monetária das principais economias, tornou-se mais desafiador com a guerra da Ucrânia, que já está afetando as commodities de energia e agrícolas e desarranjando ainda mais a cadeia de suprimentos global. Tornando a atividade econômica brasileira mais frágil e fazendo com que os empresários fiquem menos otimistas e mais cautelosos.”, explica.

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