Iniciativa privada vai custear contagem de tráfego para justificar duplicação na BR-376


Uma empresa de engenharia sediada em Campinas inicou, nessa semana, a instalação de câmeras de monitoramento em um trecho da BR-376 aqui na região noroeste, entre Paranavaí e Nova Londrina, para fazer uma contagem de tráfego. 

O objetivo é ter uma média de quantos veículos passam pela rodovia diariamente. O estudo foi contratado pela Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar), que pede junto ao Ministério da Infraestrutura e ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) uma duplicação do trecho, em função do alto número de veículos que passam pelo local todos os dias. 

 O problema é que o último cálculo feito pelo Dnit é questionado pelas lideranças regionais. O órgão estipulou que, em média, 4.017 veículos passem por aquele trecho da BR-376 diariamente.

 No entanto, um estudo feito pela Viapar, antiga concessionária da rodovia, em 2015, contava 10.700 eixos passando pelo local todos os dias. Sete anos depois, esse número deve ser ainda maior, diz o presidente da Sociedade Civil Organizada do Paraná, Demerval Silvestre. 

 “Se em 2015 passava 10.700, por que que agora diminuiu sendo que aumentou? Inclusive, a própria Viapar, na época, nos informava que a praça que mais cresceu no número de veículos foi a praça de Castelo Branco depois da duplicação de Paranavaí-Nova Esperança. 

Essas informações foram apresentadas recentemente em Brasília e resolvemos então fazer a contagem de tráfego. 10 empresas que fazem parte da Socipar estão bancando esse estudo que está sendo realizado agora e tem até 10 dias para terminar”, explica Silvestre. 

 O levantamento de tráfego custará R$ 30 mil, custeados por empresas parceiras da Socipar. A empresa contratada deverá entregar os números atualizados até o dia 12 de março. Com o relatório em mãos, os dados deverão ser encaminhados ao Dnit e também ao Tribunal de Contas da União (TCU). 

 Segundo o gerente de assuntos estratégicos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, João Arthur Mohr, que também participa das negociações sobre o projeto, provar que o fluxo de veículos na BR-376 aumentou nos últimos anos ajudará a tirar a duplicação do papel. 

 “Nós temos dois movimentos muito grandes [na rodovia] a da safra e dos veículos de passeios, especialmente nos finais de semana. 

Portanto, a Fiep está apoiando esse movimento de contagem de número de veículos para que a gente possa mostrar ao Ministério de Infraestrutura e também à Antt [Agência Nacional de Transportes Terrestres] da importância desse trecho, da importância do planejamento dessa duplicação”, diz Mohr. 

 O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) se manifestou por meio de nota. Leia na íntegra: 

 “Informamos que o segmento da BR-376/PR, entre Paranavaí e Nova Londrina, pertencia, até recentemente, ao Convênio de Delegação entre o DNIT e Estado do Paraná, sendo absorvido à malha federal, pelo DNIT, a partir de 27/11/2021. GMConline

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