Talvez o presidente escreva uma nota, um dia, pedindo desculpas por ter mantido Barros até hoje como líder dele

 


O deputado federal Ricardo Barros é “onipresente”, aparece envolvido em vários negócios, mas continuará como líder do governo Bolsonaro, na opinião do presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz. “Talvez o presidente escreva uma nota, um dia, pedindo desculpas por ter mantido ele até hoje como líder dele”, disse Aziz durante o depoimento do advogado Marcos Tolentino da Silva, apontado como sócio oculto da empresa FIB Bank Garantias S.A. A FIB Bank , que forneceu à Precisa Medicamentos uma garantia irregular no negócio de compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.

 

Tolentino tem tem se negado a responder a maior parte das perguntas feitas pelos senadores, que fizeram comentários sobre Barrios. “O deputado Ricardo Barros é um expert em negócios. Onde tem negócio, o Ricardo está”, disse o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues. Só destacando, sobre precatórios queria dizer que um dos principais defensores tem sido o deputado Ricardo Barros, interesses que parece que nesse caso conjugam. 

 

“Não só em precatórios. O deputado está presente em todas as negociatas. E sempre muito próximo do depoente”, comentou o relator Renan Calheiros.

 

Foi quando Omar Aziz pediu que não falassem no deputado Ricardo Barros. “Ele é onipresente, a pessoa que está presente em todos os cantos do governo. Intocável perante o presidente Bolsonaro, intocável perante os apoiadores, porque permanece, né? Mesmo que a gente mostre aqui, desnude, senador Randolfe, o líder na Câmara do presidente Bolsonaro não vai mudar nada não, vai continuar lá. Talvez o presidente escreva uma nota, um dia, pedindo desculpas por ter mantido ele até hoje como líder dele”.

 

Durante o depoimento Marcos Tolentino admitiu que tem como ativos precatórios judiciais da União. Segundo Daniel Weterman, do UOL, o depoimento chamou atenção em função de o líder do governo na Câmara defender desde setembro do ano passado o parcelamento de precatórios para abrir espaço a um programa social do líder do governo. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) apontou a seguinte relação suspeita: parcelar precatórios faz com que escritórios de advocacia como o de Tolentino paguem valores menores à vista para os beneficiados e fiquem com o direito de receber as dívidas da União em quantias maiores no futuro. Leia mais. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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