Desde o início da pandemia, em março de 2020, o Paraná já registrou a circulação de 24 linhagens de SARS-CoV-2, o vírus que provoca a Covid-19. Eles foram confirmados após o envio de testes RT-PCR positivos de paranaenses para sequenciamento genômico na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Ezequiel Dias (Funed), sob orientação da Rede Genômica Fiocruz e do Ministério da Saúde.
O
Laboratório Central do Estado (Lacen/PR) envia quinzenalmente amostras
para investigação e monitoramento das cepas circulantes no Paraná. A
seleção é feita de forma aleatória e cumpre critérios técnicos e
epidemiológicos, ou seja, refletem um recorte de um cenário e servem de
balizador de pesquisa e informação.
No
total, foram enviadas 925 amostras, sendo que 599 tiveram resultados
divulgados e 326 ainda estão em processamento. Os estudos apontam
predominância da variante zeta (P.2), originada no Rio de Janeiro, em
2020, e da variante gama (P.1 ou amazônica), considerada preocupante por
conta da capacidade de transmissão, a partir de 2021.
Foram
536 resultados positivos para P.1, que começou a se alastrar em
janeiro. Elas começaram a aparecer no Estado nesse mesmo mês. Já a cepa
P.2 foi identificada em 92 amostras a partir de outubro de 2020, mas há
registros de 78 positivados para a B.1.1.28, linhagen que evoluiu dessa
cepa e foi detectada ainda antes, presente desde março no Paraná.
Também
há registros de circulação da B.1.1.33 (23 amostras), desde março de
2020; da B.1.1.17, do Reino Unido, desde fevereiro de 2021; e outras
mutações do vírus. Em junho deste ano apareceram os dois primeiros casos
da cepa delta (indiana), em Apucarana, no Vale do Ivaí.
“A
P.1, também conhecida como gama, é a variante que surgiu em dezembro do
ano passado em Manaus, capital do Amazonas, e atualmente é a variante
de maior circulação no Paraná e no Brasil, segundo o que já temos
catalogado. Alguns estudos apontam que essa variante tem maior potencial
de transmissão, sendo considerada pela Organização Mundial da Saúde uma
das de preocupação", explica Irina Riediger, diretora técnica do Lacen.
Postar um comentário