Covid-19: Somente com a vacinação em massa as atividades econômicas e sociais podem ser retomadas

 


BRASIL - Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria aponta que quase 90% dos brasileiros consideram grave a situação da pandemia de covid-19 no Brasil. De acordo com o levantamento “Os brasileiros, a pandemia e o consumo”, há um ano, esse percentual era de 80%.

 

Para o diretor científico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaéz, apesar do aumento na percepção de gravidade da situação, não se pode afirmar que as medidas de prevenção também se expandiram, já que grande parte da população – muitas vezes em situação de vulnerabilidade socioeconômica – continua se expondo ao vírus para trabalhar e se sustentar.

 

“Esses trabalhos ocorrem, em grande parte, em locais fechados, com má ventilação. Os trabalhadores são obrigados a tomarem sempre o risco para si, [como no caso] do transporte público. Todas essas circunstâncias desfavoráveis fazem com que a possibilidade de que a consciência da gravidade pudesse melhorar os cuidados não aconteça, porque está fora da governabilidade das pessoas”, esclarece.

 

O senador Antonio Anastasia (PSD-MG) afirma que a vacinação em massa contra a covid-19 é imprescindível, não apenas para garantir a saúde dos brasileiros, mas para permitir a volta segura das atividades econômicas e sociais.

 

“A economia brasileira somente retornará a sua plenitude – nas atividades empresariais, nas atividades de lazer, restaurantes, cinemas, shopping, festas populares –, quando tivermos a vacinação bastante avançada e a imunidade alcançada pelo grande número de brasileiros”, afirma. 

 

“A primeira preocupação será sempre a saúde, mas a sua consequência positiva é permitir que a economia volte a funcionar plenamente e permita a geração de empregos, distribuição de riqueza e que as pessoas possam se socializar positivamente”, acrescenta o senador.

 

VACINÔMETRO – Segundo o Ministério da Saúde, 65.339.660 pessoas já tomaram a primeira dose da vacina contra covid-19, o que representa 31% da população, e 24.737.351 pessoas tomaram a segunda dose, cerca de 11,7% dos brasileiros. Os dados são do dia 23 de junho.

 

Para o diretor científico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaéz, a campanha de vacinação contra a covid-19 é fundamental para ampliar a cobertura da imunização no País.

 

“Por mais que vacinemos, nesse momento, dois ou três milhões de pessoas, ainda estaríamos longe de termos um percentual de vacinados de 50% da população com duas doses, o que permitiria um certo alívio no sentido de controle da pandemia”. Com a baixa vacinação, Urbaéz reforça a necessidade de aliar a vacinação às medidas de isolamento social.

 

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