O subprocurador da Câmara de Maringá David Marlon da Silva foi exonerado do cargo.
A exoneração foi publicada no Diário Oficial dessa segunda-feira, 21.
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 22, a presidente da Câmara, Majô, falou sobre o assunto.
Ela disse que o subprocurador era cargo comissionado com livre nomeação ou exoneração.
Mas não respondeu por que o subprocurador foi exonerado.
“Todos os cargos em comissão, tanto na estrutura da Câmara quanto na assessoria de gabinete, são de livre nomeação e exoneração, podendo ser alterados a qualquer momento. Exonerações ocorrem semanalmente, inclusive, mais de uma foi publicada no Diário Oficial ontem. A decisão de exonerar é prerrogativa da presidência, e a imprensa pode solicitar detalhes sobre os processos por meio da Lei de Acesso à Informação”, diz.
Na semana passada, o Legislativo informou que tornará obrigatório o registro de ponto eletrônico para todos os servidores. Majô não disse se esta nova determinação tem relação com a exoneração do subprocurador.
“A determinação para bater o ponto surgiu a partir da identificação de um privilégio com o qual não concordo. Acredito que todos os servidores da Casa, especialmente os que atuam internamente, devem registrar ponto. Assessores de gabinete têm atividades externas, mas os assessores da estrutura da Câmara trabalham internamente, portanto, faz sentido exigir o controle de ponto, inclusive como forma de resguardar a instituição e os próprios servidores”, diz.
Embora a presidente da Câmara não tenha respondido diretamente sobre o caso, é de conhecimento da imprensa, que a demissão do subprocurador revela uma tensão entre a atual presidente e o ex-presidente do Legislativo. O subprocurador era cargo de confiança de Mário Hossokawa.
A presidente Majô falou sobre uma conversa ríspida entre ela, o subprocurador e um vereador, que tudo leva a crer, seria Mário Hossokawa. O clima esquentou e foi preciso chamar um segurança.
“Eu comuniquei a um comissionado que ele não faria mais parte do quadro funcional da casa e ele se exaltou, ficou bastante nervoso e elevou o tom de voz. Para nos resguardar, minha equipe abriu a porta do gabinete para que vissem o que estava acontecendo ali devido a forma como ele estava falando comigo e chamaram um segurança para acompanhar essa conversa. Não houve nada além disso. Depois chegou um vereador na sala. Essa foi a cronologia dos fatos”, diz.
Questionada se se sentiu ameaçada, a presidente respondeu: “Não me senti ameaçada, mas me senti desrespeitada. Sou mulher, em uma posição que a gente entende que causa desconfortos para algumas pessoas, me senti desrespeitada e fiquei preocupada com a forma como estavam conduzindo essa conversa”, diz.
A assessoria de Mário Hossokawa confirmou que o vereador estava presente nesta conversa com a presidente.
A reportagem entrou em contato com David Marlon da Silva, que ocupava o cargo de subprocurador e aguarda um retorno. Também será feito o pedido via Acesso à Informação do processo contra o subprocurador para saber por que ele foi exonerado, como orientou a presidente do Legislativo. MConline
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