Um abaixo-assinado que pede a reabertura do Hospital Psiquiátrico de Maringá (HPM) conta com mais de 30 mil assinaturas. Maria Helena Gonçalves é a responsável pela petição que pede que a instituição médica volte a funcionar. O Hospital Psiquiátrico de Maringá está fechado desde o ano passado, após uma interdição da Prefeitura de Maringá.
Como forma de apelo pela reabertura da unidade, Maria Helena está engajando a população de Maringá em um abaixo-assinado. Até agora, a aposentada reuniu mais de 30 mil assinaturas que foram entregues, na última quarta-feira, 27 de setembro, à Prefeitura.
A petição segue aberta na plataforma Change.org.
“Há tempos, o Hospital Psiquiátrico de Maringá foi uma tábua de salvação para muitas famílias, incluindo a minha”, explica a mulher. “Ele oferecia tratamento especializado e atenção necessária para nossos filhos em momentos de extrema fragilidade.
No entanto, agora me encontro em uma situação angustiante”, acrescenta, emocionada, a aposentada.
Sem opção de outra unidade como o hospital psiquiátrico, Maria Helena está mantendo o filho em uma clínica em São Paulo. “Cada assinatura representa uma voz que clama por mudança, uma voz que busca soluções e oferece esperança. Através deste abaixo-assinado, estamos não apenas compartilhando nossas histórias pessoais, mas também demonstrando a força de uma comunidade unida”.
O Hospital Psiquiátrico de Maringá foi fechado pela Prefeitura em outubro de 2022, devido a problemas com a legislação sanitária. A diretoria da unidade tenta, porém, reverter essa decisão na Justiça.
Autoridades também reforçam o apelo pela reabertura do equipamento público.
Em entrevista à imprensa local, o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, disse que o hospital precisa de adequações, mas que não deveria ter sido fechado pela secretaria municipal.
Ao GMC Online, a Prefeitura de Maringá informou que a interdição do HPM é definitiva e não cabe solicitação de renovação de licença sanitária, como aponta a legislação. Leia a nota na íntegra.
A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Saúde, informa que o Hospital Psiquiátrico foi interditado em outubro do ano passado pelo não cumprimento da legislação sanitária. Conforme já informado aos proprietários e advogados da instituição, a interdição é definitiva e não cabe solicitação de renovação de licença sanitária, como aponta a legislação.
Para retomada das atividades, a instituição deverá solicitar reabertura como nova atividade, o que não ocorreu.
O município reforça que ampliou o número de leitos nas unidades de atendimento em saúde mental da rede municipal. De janeiro a junho deste ano, foram realizadas mais de 4,5 mil consultas na Emergência Psiquiátrica do Hospital Municipal, o que corresponde a uma média de 25 consultas por dia.
No Centro de Atenção Psicossocial (Caps) III, que conta com plantão psiquiátrico 24h desde 2017, são realizadas em média 30 consultas psiquiátricas diárias. O município também oferece atendimento psiquiátrico e multiprofissional no Caps II, CapsAd e Capsi, além de atendimento psiquiátrico na Atenção Básica e por meio do Consórcio Cisamusep.
Entre os diversos profissionais que atuam na rede de saúde mental do município estão 34 médicos e 64 psicólogos. Os profissionais atuam no Hospital Municipal, nos quatro Caps e há psicólogos nas 34 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que realizam atendimentos individuais e em grupo. GMConline
Postar um comentário